quinta-feira, 17 de junho de 2010

EEB Gomes Carneiro informatiza a eleição do Grêmio Estudantil.

Objetivando formar líderes e desenvolver a consciência crítica da realidade social, bem como, a prática democrática foi realizada a eleição do Grêmio Estudantil. Esse movimento possibilita o exercício da cidadania, a qual deve ser fomentada, discutida e exercida na escola.
Partindo desses pressupostos, nos dias de 17 a 28 de maio de 2010, realizou-se na EEB Gomes Carneiro a formação de equipes, inscrição de acordo com normas e prazos estabelecidos no edital, a campanha eleitoral e a eleição dessa entidade.
Dessa forma, confirmaram as inscrições quatro chapas, a seguir, os estudantes se apresentaram e repassaram os seus planos ao corpo discente, o qual se reuniu num mesmo espaço e teve a oportunidade de conhecer e avaliar as propostas apresentadas. Após tiveram um período destinado a campanha eleitoral e na sexta-feira, dia 28 de maio, ocorreu a eleição.
Inovando a forma de votação, o técnico responsável pela sala de informática, Sr. Rafael H. Dalla Cort desenvolveu um software, no qual os estudantes puderam participar de um processo de eleição todo informatizado. Portanto, os eleitores asseguraram o direito de votar de modo individual e secreto, tendo uma experiência de como ocorre uma eleição no segmento político na sociedade.
Dessa forma, logo após o término da eleição obtivemos a apuração dos votos com o respectivo resultado. Participaram da eleição 633 alunos, de 5ª série a 3ª série do Ensino Médio. A chapa vencedora, com um total de 255 votos, foi a número quatro, A Progressista.

Projeto Virtudes

Durante toda a semana de 03 à 07 de maio de 2010, o Serviço de Orientação Educacional trabalhou com os alunos de 1ª série do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio o projeto “virtudes”. O tema proposto para o 2º bimestre é sabedoria, no sentido de discernir o que é certo, do que é errado, humildade e perdão. Após as orientadoras trataram do tema, citando conceitos, exemplos e histórias. Foi também assistido o filme: “A princesa e o sapo”, com alunos de 1ª à 6ª série; com alunos de 7ª à Ensino Médio: “ Quem quer ser um milionário?”. Na sequência, foram retomados aspectos presentes no filme que tivessem relação com o tema proposto. Acreditamos que os alunos curtiram o cinema e que durante o debate puderam refletir quanto à postura e comportamento, bem como, repensar atitudes.

domingo, 2 de maio de 2010

Mensagem as Mães


Uma aula inesquecível


Se alguém me perguntasse o que é ser um bom professor eu diria que é aquele capaz de dar uma aula inesquecível.
Uma aula inesquecível é uma aula teatral (aula magistral se for teatral), uma aula em que o professor é mais do que um professor — é um professor-ator.
Chega de ser o professor que entra em sala de aula disposto a “dar a matéria”. O professor-ator compreende que, por trás das aparências de uma sala de aula na qual os alunos estão “sedentos de conhecimento”, esconde-se uma outra verdade.
Os alunos estão é sedentos de vida, e, se o conhecimento não for vital, os alunos manifestarão seu desagrado na forma de dispersão, de conversas paralelas e até mesmo de sono. Neste caso, o comportamento rotineiro do professor “ofendido” com a falta de respeito dos alunos será uma reação ineficaz e estéril.
O professor-ator renuncia a reações ineficazes porque já renunciou à ideia de uma aula organizada, tranquila, com começo, meio e fim, cada passo previsto, cada tema devidamente abordado; já renunciou à ideia de um curso sem acidentes e incidentes, surpresas e impasses. Sabe que eram idealizações honestas, mas puras idealizações.
O realismo recomenda-lhe outra voz. E a aula inesquecível é justamente a ocasião propícia para se ouvir a outra voz.
Gabriel Perissé


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A ESCOLA (Paulo Freire)

A escola é...
O lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, que conhece, que estima.
O diretor é gente.
O coordenador é gente.
O professor é gente.
O aluno é gente.
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se suporte como colega, como amigo, como irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade de ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, educar-se, ser feliz.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

IX Mostra Interdisciplinar

A E.E.B. Gomes Carneiro realizou em julho deste ano a
"IX Mostra Interdisciplinar"





Foram apresentados os seguintes projetos:

Projeto Repensando Através da Música
Levar os alunos a perceber através da releitura de quatro músicas brasileiras, aspectos importantes sobre o planeta como: fome, preconceito, aquecimento global, comédia e água, e o papel que eles deveriam exercer na sociedade.
Trabalho realizado pela turma 202, utilizando vídeos produzidos pelos alunos.
Projeto Aquecimento Global
Alertar e sensibilizar a sociedade em relação à necessidade de preservação dos recursos naturais, e citar as principais medidas preventivas e as consequências do efeito estufa, gases poluentes, aquecimento global e desmatamento na região. Através de trabalhos de pesquisa, utilização de vídeos.
Projeto Brincando se Aprende
A alfabetização é um processo e no mesmo a criança necessita de atividades significativas e prazerosas, que propiciem desafios para que as crianças sintam-se estimuladas a construírem seus conhecimentos. Entretanto, para que a construção do conhecimento na criança seja significativa para ela, não podemos eliminar a bagagem social sobre a leitura e a escrita que a criança carrega consigo.
Nesse contexto da alfabetização, o brincar deve estar presente, pois é brincando que as crianças aprendem.
Projeto Economia Açucareira no Brasil
Identificar o principal produto da economia colonial, reconhecer e visualizar o processo de produção do açúcar mascavo. Será mostrado o processo de plantio, colheita, transporte da cana, bem como, a produção do açúcar. Na prática será demonstrado, todo o processo de produção do açúcar.
Projeto Informática: Conheça Seus Encantos
Atende alunos de primeira a quinta série com atividades educativas e recreativas, os temas são voltados a educação através de jogos com alunos de diferentes escolas, pretendendo que o projeto seja bastante visado e procurado pelos estudantes.
Projeto Mexa-se
Considera a prática de atividades físicas diante do problema do sedentarismo e obesidade. Trata de questões como: Porque ficamos mais gordos, o que fazer para evitar a obesidade e o sedentarismo. Traz atividades práticas envolvendo técnicas como: Body Balance, Tai Chi, Yoga, Pilates, World on Fire, Run, Benediatus.
Projeto festa das LIBRAS
Este trabalho visa preparar as crianças para a convivência e a comunicação com os colegas que tenham deficiências auditivas. Apresentaremos a história da educação dos surdos e das LIBRAS, o alfabeto em LIBRAS através da brincadeira, o pintor de A á Z através do alfabeto dactilológico, poesia em libras “é preciso ser surdo pra entender” e a música Abecedário da Xuxa em LIBRAS.
Projeto Contando Histórias de diferentes Maneiras
Como expressar a literatura através de histórias, aprender como se expressar, desenvolver, motivar a leitura, despertar nas crianças o gosto pela leitura e interpretação.
Jogando
Queremos facilitar a compreensão e memorização de cálculos matemáticos, desenvolver o raciocínio mental, despertar o gosto pela matemática. Construir uma mentalidade da construção das tabelas e sua internalização pelo educando.
Projeto Jogar com Criatividade
Utilizado o jogo tangram, pois é considerado um jogo pedagógico que desenvolve a atenção e criatividade, apesar de ser insignificante é complexo e curioso, utilizado por psicólogos professores de matemática. Por ser um jogo utilizado como brincadeira e com ênfase no raciocínio.
Experiências: Laboratório na Escola
O objetivo é os fazer conhecer o laboratório da escola e associar a teoria com aulas práticas.
Projeto Museu de Estátuas Históricas
Tem como objetivo exaltar alguns personagens históricos que marcaram a história da humanidade, em todos os aspectos, sejam eles sociais, econômicas, culturais, diferentes tempos e espaços históricos.
Projeto Lego
Experiência de aprendizagem tecnológica mediada, iniciação tecnológica e desenvolvimento de competências – aprender a fazer, aprender a pensar, ser e conviver. O objetivo do projeto é apresentar conteúdos representados em objetos concretos, através de peças de lego e uso da informática.
Recital de Poesia
O Recital de Poesia tem como objetivo despertar aos jovens estudantes o gosto de ouvir, ler ou escrever poesias. Ela nos faz refletir os diferentes momentos, emoções vividas pelos homens em diferentes épocas trazendo sempre mensagens de vida e de sabedoria.
Na história da literatura encontramos muitas definições do que é poesia.
A poesia está em toda parte: nas canções de ninar, nas cantigas de roda, nos provérbios, nos livros, nas músicas, nos trava línguas e até nas propagandas.
Para Robert Frost; “Poesia é quando uma emoção encontra seu pensamento e o pensamento encontra palavras.”
Para nós, Poesia é vida, alegria, emoção e comunicação.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Escola e Sofrimento - Rubens Alves


Estou com medo de que as crianças me chamem de mentiroso. Pois eu disse que o negócio dos professores é ensinar a felicidade. Acontece que eu não conheço nenhuma criança que concorde com isto. Se elas já tivessem aprendido as lições da política, me acusariam de porta voz da classe dominante. Pois, como todos sabem, mas ninguém tem coragem de dizer, toda escola tem uma classe dominante e uma classe dominada: a primeira, formada por professores e administradores, e que detém o monopólio do saber, e a segunda, formada pelos alunos, que detém o monopólio da ignorância, e que deve submeter o seu comportamento e o seu pensamento aos seus superiores, se desejam passar de ano.
Basta contemplar os olhos amedrontados das crianças e os seus rostos cheios de ansiedade para compreender que a escola lhes traz sofrimento. O meu palpite é que, se se fizer uma pesquisa entre as crianças e os adolescentes sobre as suas experiências de alegria na escola, eles terão muito que falar sobre a amizade e o companheirismo entre eles, mas pouquíssimas serão as referências à alegria de estudar, compreender e aprender.
A classe dominante argumentará que o testemunho dos alunos não deve ser levado em consideração. Eles não sabem, ainda… Quem sabe são os professores e os administradores.
Acontece que as crianças não estão sozinhas neste julgamento. Eu mesmo só me lembro com alegria de dois professores dos meus tempos de grupo, ginásio e científico. A primeira, uma gorda e maternal senhora, professora do curso de admissão, tratava-nos a todos como filhos. Com ela era como se todos fôssemos uma grande família. O outro, professor de Literatura, foi a primeira pessoa a me introduzir nas delícias da leitura. Ele falava sobre os grandes clássicos com tal amor que deles nunca pude me esquecer. Quanto aos outros, a minha impressão era a de que nos consideravam como inimigos a serem confundidos e torturados por um saber cujas finalidade e utilidade nunca se deram ao trabalho de nos explicar. Compreende-se, portanto, que entre as nossas maiores alegrias estava a notícia de que o professor estava doente e não poderia dar a aula. E até mesmo uma dor de barriga ou um resfriado era motivo de alegria, quando a doença nos dava uma desculpa aceitável para não ir à escola.
Não me espanto, portanto, que tenha aprendido tão pouco na escola. O que aprendi foi fora dela e contra ela. Jorge Luís Borges passou por experiência semelhante. Declarou que estudou a vida inteira, menos nos anos em que esteve na escola. Era, de fato, difícil amar as disciplinas represe
ntadas por rostos e vozes que não queriam ser amados.
Esta situação, ao que parece, tem sido a norma, tanto que e assim que aparece freqüentemente relatada na literatura. Romain Rolland conta a experiência de um aluno: “… afinal de contas, não entender nada já é um hábito. Três quartas partes do que se diz e do que me fazem escrever na escola: a gramática, ciências, a moral e mais um terço das palavras que leio, que me ditam, que eu mesmo emprego – eu não sei o que elas querem dizer. Já observei que em minhas redações as que eu menos compreendo são as que levam mais chances de ser classificadas em primeiro lugar”. Mas nem precisaríamos ler Romain Rolland: bastaria ler os textos que os nossos filhos têm de ler e aprender. Concordo com Paul Goodmann na sua afirmação de que a maioria dos estudantes nos colégios e universidades não desejam estar lá.
Estão lá porque são obrigados.Os métodos clássicos de tortura escolar como a palmatória e a vara já foram abolidos. Mas poderá haver sofrimento maior para uma criança ou um adolescente que ser forçado a mover-se numa floresta de informações que ele não consegue compreender, e que nenhuma relação parecem ter com sua vida?
Compreende-se que, com o passar do tempo a inteligência se encolha por medo e horror diante dos desafios intelectuais., e que o aluno passe a se considerar como um burro. Quando a verdade é outra: a sua inteligência foi intimidada pelos professores e, por isto, ficou paralisada.
Os técnicos em educação desenvolveram métodos de avaliar a aprendizagem e, a partir dos seus resultados, classificam os alunos. Mas ninguém jamais pensou em avaliar a alegria dos estudantes – mesmo porque não há métodos objetivos para tal. Porque a alegria é uma condição interior, uma experiência de riqueza e de liberdade de pensamentos e sentimentos. A educação, fascinada pelo conhecimento do mundo, esqueceu-se de que sua vocação é despertar o potencial único que jaz adormecido em cada estudante. Daí o paradoxo com que sempre nos defronta
mos: quanto maior o conhecimento, menor a sabedoria. T. S. Eliot fazia esta terrível pergunta, que deveria ser motivo de meditação para todos os professores: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?”
Vai aqui este pedido aos professores, pedido de alguém que sofre ao ver o rosto aflito das crianças, dos adolescentes: lembrem-se de que vocês são pastores da alegria, e que a sua responsabilidade primeira é definida por um rosto que lhes faz um pedido: “Por favor, me ajude a ser feliz…”